segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

José do Carmo Francisco, Poema autógrafo para Ana Santos Barros

 

Fotografia de Ivone Chinita Santos Barros



Partimos sempre de fotografias

Mesmo que não haja películas

Ou os negativos para revelar.

Às vezes é uma memória feliz

Encontro no balcão dum Banco

Almoço no refeitório das Caixas.

Neste caso seria Jardim da Estrela

Tudo nos quatro a preto e banco

E uma das meninas está de vestido.

Terá sido em 1983 e está tudo igual

No Jardim, nas ruas e nas sombras

Que envolvem as legendas do filme.

Será isso afinal: somos só memória

Porque o nosso passado não passou

E está à porta do Jardim da Estrela.

 

                                   José do Carmo Francisco 


1 comentário:

  1. Soledade Martinho Costa27 de junho de 2025 às 11:58

    As lembranças que ficam, dos rostos, das palavras, dos que já cá não estão. Ainda bem que os poetas têm boa memória. O seu estilo muito próprio, como sempre. Abraço, Zé.

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