segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Para um minuto de meditação - 56

 


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    Portugal país de Direito…

“ (…)  Aliás, na Justiça o PS manda desde sempre, praticamente desde o tempo em que Almeida Santos e outros (Cunha Rodrigues...) gizaram o sistema que temos na magistratura e afins CEJ e lugares comuns. 
Porque é que o Fripó foi o que foi e o Face Oculta o que tem sido e o Casa Pia antes disso o que era e ainda o Marquês o que é, mais o que se passou na mais grave violação de segredo de justiça de que há memória em Portugal (no Face Oculta), protagonizada por alguém que ficou por identificar e talvez o pudesse ter sido, mas certos magistrados do MºPº preferiram arquivar, não investigando mais fundo do que fizeram? 

   A magistratura portuguesa está desde há décadas minada por estes indivíduos que se associam ao poder do PS para ascender em carreiras hierárquicas ou de concursos "à medida", prebendas avulsas ou carreiras de STJ e outros lugares apetecidos. 

   Basta pegar num qualquer nome que tenha sido escolhido para determinadas funções de Estado (PGR, dirigentes de órgãos Reguladores, SIS, SIRP, Secretarias de Estado, ministérios variados com direcções-gerais, actuais e passadas) e o padrão ajusta-se: nepotismo e corrupção políticas de mãos dadas nas escolhas dos nomes certos e convenientes, mesmo sem tal efeito perverso porque o poder político escolhe quem mais lhe agrada e por isso procura saber se a pessoa escolhida será agradável, além de útil.  A corrupção é essa: escolher em função de interesses políticos. Estão habituados a escolher segundo tais critérios chefes de gabinete ou secretários e aplicam a mesma receita em tais casos por pura perversão e hábito. Apuram o olfacto político para descobrir se o indigitado é dos "nossos" ou dos "deles" e escolhem com a naturalidade de sempre, procurando esconder o gato que por vezes se põe a miar como desalmado.  

   Como se faz isto? Simples: através do sistema de contactos cada vez mais aprimorado. Quem nomeia escolhe por indicação ou preferência própria, baseando-se numa legitimidade formal. Sendo o país pequeno e sendo os nomes disponíveis em número restrito, apenas se torna necessário salvar as aparências solicitando pareceres convenientes a quem de direito escolhido para tal, ou procedimentos formais que apenas se destinam a garantir o sucesso na escolha sem suspeitas de maior. (…)”- José P. Loja                                                                                                         

                                                                                Jorge Gaillard Nogueira


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