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Portugal
país de Direito…
A magistratura portuguesa está desde há
décadas minada por estes indivíduos que se associam ao poder do PS para
ascender em carreiras hierárquicas ou de concursos "à medida",
prebendas avulsas ou carreiras de STJ e outros lugares apetecidos.
Basta pegar num qualquer nome que tenha sido
escolhido para determinadas funções de Estado (PGR, dirigentes de órgãos
Reguladores, SIS, SIRP, Secretarias de Estado, ministérios variados com
direcções-gerais, actuais e passadas) e o padrão ajusta-se: nepotismo e
corrupção políticas de mãos dadas nas escolhas dos nomes certos e convenientes,
mesmo sem tal efeito perverso porque o poder político escolhe quem mais lhe
agrada e por isso procura saber se a pessoa escolhida será agradável, além de
útil. A corrupção é essa: escolher em função de interesses políticos.
Estão habituados a escolher segundo tais critérios chefes de gabinete ou
secretários e aplicam a mesma receita em tais casos por pura perversão e
hábito. Apuram o olfacto político para descobrir se o indigitado é dos
"nossos" ou dos "deles" e escolhem com a naturalidade de
sempre, procurando esconder o gato que por vezes se põe a miar como
desalmado.
Como se faz isto? Simples: através do
sistema de contactos cada vez mais aprimorado. Quem nomeia escolhe por
indicação ou preferência própria, baseando-se numa legitimidade formal. Sendo o
país pequeno e sendo os nomes disponíveis em número restrito, apenas se torna
necessário salvar as aparências solicitando pareceres convenientes a quem de
direito escolhido para tal, ou procedimentos formais que apenas se destinam a
garantir o sucesso na escolha sem suspeitas de maior. (…)”- José P.
Loja
Jorge Gaillard Nogueira
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