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Silêncios ensurdecedores
No jornal Público,
Augusto M. Seabra escreve um artigo de opinião absolutamente significativo.
Passamos, com vénia ao seu Autor, a citar as palavras com que o artigo é
apresentado:
A Ucrânia e os abaixo-assinantes
Se o “ruído” mediático da guerra é ensurdecedor, há
também que assinalar que em Portugal se nota um silêncio que à sua maneira não
deixa de ser “ensurdecedor”, o silêncio, a ausência, das manifestações de
solidariedade: onde estão os apelos, os abaixo-assinados, as concentrações do
costume?
Efectivamente, onde estão por exemplo aqueles que, em junções literárias
que se têm ultimamente multiplicado – e onde expandem poesia e escritos que
pretendem humanistas – e onde expeditamente deixam sempre escapar posturas retintamente
pró-blocos do antigo Leste e pró-China?
Onde
estão essas senhoras e esses senhores que povoam essas sessões?
Claro que o que eles visam é algo de diferente da celebração da poesia e
do humanismo – que para eles é apenas um pretexto, visivelmente gramsciano, de
exercerem disfarçadamente ou com mais deliberado manejo arteiro, a agit-prop
com que buscam tomar-nos por mentecaptos.
À guisa do que nos anos de chumbo dos tempos da Guerra Fria utilizavam os bem conhecidos colectivos pretensamente artísticos que mais não faziam do que, de forma dissimulada ou francamente nua, expandir a propaganda das agendas totalitárias.
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