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O medo não aparece no coração das pessoas por
acaso ou por geração espontânea.
É fruto,
ao princípio, de um trabalho de sapa ou insolitamente nu e depois incessante,
da infantilização pela propaganda veiculada, por exemplo, por certos jornais, têvês
e rádios através da actuação contínua de cómicos
ou dramáticos, ou de peralvilhos
e peralvilhas que rebaixam o espírito e o tornam apto para o desleixo, o apego
à frivolidade, à indiferença e à preguiça mental e pela acção de seitas políticas com a sua lavagem ao
cérebro quotidiana e martelada; e pela prática de mandões e chefões sem ética e
sem vergonha, manhosos manipuladores.
Finalmente e no limite por meio da intimidação
induzida e provocada por grupos roçando a
ilegalidade, aparece então o medo. O medo inclusive de agir ainda que
legalmente, de criticar poderes públicos e por fim o medo até de falar ou
escrever livremente.
Esse medo é a raiz do autoritarismo e da
autocracia ainda que esta se disfarce com as lantejoulas da democracia popular incrementada por cínicas
ou insensatas organizações pseudo progressistas que estão norteadas por destacados
oficiais do mando aparentemente democrático,
com seus ramos mediáticos e derivados.
Nesta conformidade impõe-se de facto afastar o
medo dos nossos corações e das nossas mentes, mediante a certeza da nossa razão
e do direito que nos assiste de viver
em dignidade seja presente ou futura.
Não
devemos esquecer a máxima de Abraham Lincoln, que aliás com outra escrita faz
parte da Constituição lusitana: "Quando a nação está dominada por
díscolos ou irregulares o Povo tem o direito de se insurgir".
Este é
um dado nuclear da nossa real cidadania que não convirá esquecer.
(Publicista
e bonecreiro)
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