João Garção, Passarões
OS PASSARÕES
Numa visita
ao Norte, Marcelo Rebelo de Sousa declarou aos jornalistas que o rodeavam,
respondendo a uma interpelação colocada por uma conhecida repórter, que
Francisco Sá Carneiro lhe tinha aparecido no jardim do Palácio de Belém, quando
perambulava entre as flores, sob a forma dum pardal.
Mais tarde,
enquanto visitava uma queijaria referiu, a uma pergunta dum outro que, aquando
da visita à obras dum troço do Metropolitano, o mesmo Sá Carneiro lhe aparecera
de novo numa das pedras da parede do dito entreposto.
Claro que
umas horas mais tarde, depois do seu regresso a Lisboa, o mais alto magistrado
da nação teria sido visitado por uma equipa médica do Hospital Júlio de Matos
que, com boas palavras e com o método empregue nestas circunstancias especiais,
o levaram para ser internado naquele estabelecimento de saúde onde seria
sujeito a profundas análises.
Evidentemente, como os leitores já perceberam, tal cenário é não mais
que fantasia, estorinha de proveito e exemplo para chegarmos a conclusões
sequentes.
Porque um
paralelo cenário, abracadabrante, teve realmente como protagonista um chefe de
Estado ainda em exercício num país onde a sua acção e a dos indivíduos que o
apoiam tem provocado e continua a provocar a miséria generalizada da população,
além de arbitrariedades, perseguições, encarceramentos e outras amenidades
usuais nas governações destes cavalheiros sem vergonha, sem ética e sem
qualquer autoridade moral.
Nem preciso,
creio, de lhe dizer o nome. É o mesmo indivíduo que, em espaços lusitanos, gente da sua formação ideológica e se calhar
intelectual e mental, louva e propagandeia sem o mínimo
bom-senso e pudor.
Bem no fundo, eles claro que sabem que o
indivíduo em causa nem está louco nem as suas declarações são fruto de
alucinações paranóides ou esquizofrénicas. Que foram feitas com o único intuito
de utilizar o atraso e a ingenuidade que ele pensa ou sabe existir em grande
parte da população do país onde repoltreia a sua figura totalitária.
Para estes
correligionários, estes asseclas, o acto de mentir é pois apenas um detalhe
compreensível, um esforço mais, que eles acham legítimo, para ajudar a impor a
sua prepotência, que eles gostariam existisse em todo o mundo.
Foi o que
fizeram durante muitas décadas e continuam a fazer, por exemplo aqui e agora,
dando apoio às mentiras chinesas e às cínicas “explicações” do lamentável
director-geral da OMS, que sem pudor tenta tomar os cidadãos por primários a
exemplo do que fazia no seu país.
Pobre
Venezuela, pobre sociedade, lusa incluída, onde turiferários como estes Maduro e
Tedros ainda subsistem e tentam, contra tudo e contra todos os que não os aceitem,
impor a sua agenda de verdadeiros delinquentes políticos!
Aloísio Alecrim
Sem comentários:
Enviar um comentário