Nicolau Saião, Noite
A noite cai sem medida
sobre os ossos do medo
o silêncio é agora
uma floresta de ausências
um intervalo
entre nascer e morrer
a noite
pórtico do sono
entre colunas e capitéis
escrita submersa
nas ondas do cérebro
as lágrimas diluídas
o rosto do riso
que resta
a noite
as árvores silenciosas
o vento perdido
as pedras sepultadas
no alto das colinas
Luís Serrano
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