o encanto e o desencanto destes
dias. uma brisa matinal devolve ao teu dia
as incertezas que te rodeiam. a
pausa no café ainda e sempre.
novas ideias para uma lua em quarto
crescente
com as sementeiras como destino.
uma pedra e a sombra de um sobreiro
são
o sítio certo para a leitura daqueles livros
que aguardam
há séculos a atenção que merecem. uma vida
inteira
à espera e nem quinhentos anos mais serão
suficientes
para matar esta curiosidade de criança.
*
este tempo é uma constelação de
ódios.
nada nem ninguém entende os sinais
dos céus.
a mansidão do lobo e do cordeiro. a lenta
agonia
da natureza que se revolta sem piedade.
estamos à mercê do imprevisível.
este futuro mete medo como um túnel
nas entranhas da terra. como sair
destas horas
de treva e desencanto?
o lento regresso da simplicidade e da bondade
será possível? as notícias de todos os dias
apontam para o grande desastre.
Sem comentários:
Enviar um comentário