Entre
a água e a terra, a mulher vence uma distância não apenas de quilómetros mas de
gerações. Entre a solidão do corpo e a força dos seus passos, há uma apoteose
de duas cores: os lutos são negros, os sonhos são brancos. Esta mulher não para
nem pode parar.
Há
nela o peso do Mundo anterior e a leveza do Mundo a chegar. A água vai subir,
tudo se altera todos os dias mas a memória do momento não será destruída nem
vai perecer. O fogo morre, o forno arrefece, a luz apaga-se, o dia acaba mas
uma mulher de negro fica na fotografia de Alfredo Cunha e dela já não vai sair.
Permanece na página 444 do livro «O tempo das mulheres».
Bonita homenagem à Mulher!
ResponderEliminarGostei de ler!
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