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UMA
ESTRADA DE TERRA NO MEIO DA TERRA
Os
ramos de luz atordoante povoando inúmeras vezes
O espaço da tua testa assaltada por
ondas
Asfalto
de fogo tecido com cabelos macios e traços
leves fósseis de plantas delicadas
Ignorada
pelo mundo banhando os teus olhos e o rosto de
lava verde
Quem
vive! mal adormecido eu volto de muito longe para ti
ao encontro
das trevas com o passo de um chacal mostrando-te
conchas de espuma de cerveja e prováveis
palácios de madrepérola lamacenta
Vivendo sob as algas
O sonho na tempestade sereias como um
relâmpago no
amanhecer incerto um caminho de terra no
meio da
terra e nuvens de terra e a tua fronte
ergue-se, como
um castelo de neve e apaga o amanhecer e o
dia
ilumina-se
e a noite volta e as madeixas do teu cabelo
interpõem-se e açoitam o rosto gelado da
noite
Para
semear o mar de luzes moribundas
E
que às plantas carnívoras não falte o alimento
E
cresçam olhos nas praias
E
as selvas despenteadas gemam como gaivotas.
(Tradução
de nicolau saião)
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