terça-feira, 1 de março de 2022

Um poema de Jules Morot

 


A Terra Prometida



PARA GAZA  

     

Gaza a bela, Gaza a pobre

deitada nas mãos obscuras do Hamas

como crianças israelenses nas colinas de Haifa

sem braços sem pernas

mutiladas por um foguete ou um morteiro

de homens que simulam amar Allah

 

enquanto outros na Europa fingem amar a Cristo

de modo que novamente erigem paredes entre a liberdade

e o sabor de um figo na Samaria ou Palestina.

 

Eu lamento os teus mortos que o fanatismo desejava

oculto como a mentira entre crianças e mulheres

que comeram o pão e trabalharam nas hortas

e brincavam jogavam fora das madrassas

onde se rotulam as palavras de ódio

para que eles então percam as suas almas

sob as bombas dos aviões

para o benefício de Alah, os governantes

 

Gaza tu serás livre um dia

livre como o ar da floresta

e do deserto

sem que mãos obscuras a ti se aferrem.

Em tua homenagem eu como este figo humilde

um pobre figo de supermercado

e tomo uma taça de bom vinho

como se honrasse um futuro casamento

 

de um árabe e de uma bela judia.

 

(Tradução de ns)


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