O. K.
SOBRE A BARBÁRIE
Chegou-me há um par de dias, dirigida por um
confrade, uma questão referente à bárbara agressão perpetrada por diversos
indivíduos sobre quatro agentes policiais na sequência da tentativa destes de
apartarem uma discussão, seguida de violência, junto de uma discoteca lisboeta.
Vamos a factos: nos últimos tempos, principalmente após a
formação da chamada geringonça, criou-se contra a Polícia
um ambiente de hostilidade inegável, vinda principalmente de adeptos geralmente
conotados com gente extremista de grupelhos ou mesmo retintamente marxizantes,
sintetizada na tristemente célebre expressão ostentada num cartaz partidário,
numa manifestação, que proclamava liminarmente "polícia bom é polícia
morto".
É
necessário, é mesmo imprescindível, acentuar que tal expressão é
claramente cifrada por gente de formação social-fascista, de ultra-partidários
que apenas visam ferir o ambiente de convivência democrática e de destroçarem
as liberdades arduamente conquistadas, alvo maior dos partidos
totalitários que, embora de maneira residual, ainda existem em
Portugal.
Por outro
lado, dois aspectos mais há a considerar: o laxismo do sistema
judicial que, posto ante as consecutivas agressões ilegítimas contra
os agentes de uma polícia regida por regras democráticas que existem no seu
estatuto legal, geralmente atribuem penas suspensas aos agressores. E isto é
típico duma sociedade e das suas encarnações governativas que - por mor da
geringonça citada - visa criar um ambiente que justifique, depois e a
seu tempo, uma governação claramente autoritária, a exemplo do que
hoje existe na Nicarágua ou na Venezuela.
Ainda, a
realidade que foi há uns meses noticiada por jornais de referência:
que existem grupos que se alistam nas forças armadas de elite, onde aprendem
técnicas marciais - e que depois se desligam, passando ora a exercer funções em
associações para-legais ou menos que isso, de seguranças e, até, de colaboração
inscrita em colectivos delinquentes!
O
que se passou há um par de dias, e cujos autores conforme notícias a que
tivémos acesso já estão identificados - eram militares de corpos de elite e
praticantes de boxe e outros jogos marciais - estando dois deles já detidos,
esclarece-nos suficientemente.
Porque,
na prática e como se tem comprovado, afinal as potenciais vítimas não são só os
agentes policiais - primeiros alvos da brutalidade de ataque a uma
sociedade legitimamente fiscalizada democraticamente - mas todos nós os
cidadãos que acaso lhes caiam ante o seu ódio a um ambiente de civilidade e,
mesmo, de civilização!
ns
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