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SIM, SÃO OS MESMOS
Sim, são os mesmos. São os sicofantas que - sem pudor nem senso crítico,
fazendo jus à sua hipocrisia afinal desvelada pelos acontecimentos - escreviam
que "Putin já ganhou" e que "A culpa é do Ocidente", para
justificarem o seu cinismo.
São os mesmos que propõem que se censurem os livros de Eça de Queirós
por ser "racista", que se marginalize J.K. Rowling por ser
"anti-feminista", que se afaste Cézanne por ser
"pornográfico", ou Balthus pelo mesmo motivo.
São os mesmos que, ora nas ruas onde a democracia no entanto protege o
seu linguajar, ou confortavelmente em casa agregam semelhantes motivos, bolsam
a frase conhecida "Antes vermelhos que mortos", enquanto
desregradamente propõem que se mate o homem branco como se fôssemos todos
marcados por um pecado secular injusto.
São os mesmos que falam em poesia e em liberdade enquanto vão negando
pelos seus actos a liberdade e a poesia.
São os que agora, com o pretexto da equidistância, peroram que a guerra
acabe, enquanto vão festejando impressa ou expressamente os actos de guerra
brutal numa terra alheia.
São os mesmos que andam entre nós com palavras gentis para com os
"trabalhadores", para com o "povo", enquanto esperam os
tempos para melhor cravarem navalhas simbólicas, mais reais noutros manejos,
nas nossas costas.
São os que, tal como aqueles que no teatro de guerra estropiam e matam
quem os tenta deter, têm as mãos manchadas de sangue inocente.
São os que afinal, afivelando mansuetude, apoiam os ditadores onde quer
que eles se encontrem, sejam eles Maduros ou Khomeinis, Noriegas ou Al-Assads.
Ou Putins.
São os mesmos, embora de fácies diferentes. Com máscara ou insolitamente
a descoberto.
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Parabéns, não podia estar mais de acordo.
ResponderEliminarUm abraço