As duas faces da mesma moeda
Colho dos periódicos estas duas notícias que me parecem muito ligadas
por um laço mental comum. O “politicamente correto” europeu e o reacionarismo
islâmico querem desta maneira poluir a mente e o dia-a-dia das pessoas. O
Grande Irmão do livro famoso de George Orwell não faria melhor. A estupidez, a
maldade e o fanatismo tentam chegar para ficar. E o resto é conversa.
Manuel Carreira Viana
1. Ministra da Malásia defende violência doméstica
Siti Zailah, vice-ministra da pasta das
Mulheres e da Família, aconselhou ainda as mulheres a" falar com os
maridos quando estes estão calmos, acabaram de comer, já rezaram e estão
relaxados".
Esta dignitária é deputada do Partido
Islâmico da Malásia, um partido conservador islâmico do país asiático. A
ministra causou já alguma controvérsia no passado, ao defender uma campanha que
pretendia eliminar as bebidas alcoólicas da Malaysian Airlines, e
regularizar os uniformes das hospedeiras de bordo em conformidade com a lei
islâmica Sharia.
No vídeo, Siti Zailah aconselhou os homens a
falar com as esposas “teimosas e indisciplinadas“ e, caso não mudassem de
comportamento, a dormirem durante três dia separados das mulheres. No
entanto, se a mulher ainda se recusar a acatar o conselho, ou a mudar o seu
comportamento depois da separação a dormir, então os maridos podem tentar a
abordagem do contacto físico, atingindo-a gentilmente, para
demonstrar a sua intransigência e o quanto quer que ela mude”, afirmou a vice-ministra.
2. O
fim da palavra mãe? Há uma associação no Reino Unido que quer banir o género do
vocabulário das escolas
Querem que se diga "progenitor"
em vez de "mãe". Um professor contudo diz que palestras não
passam de "propaganda para ativistas trans". União Nacional de
Educação, que as financia, vai rever o seu conteúdo.
Os propagandistas defendem que os
estudantes devem parar de dizer “senhor” ou “senhora”
quando falam com o professor, chamando-o apenas como “teacher” (em inglês, a palavra professor não tem flexão
em género) seguido do sobrenome. Já do lado do educador, devem ser dispensados
termos como “rapazes”, “raparigas”, “filho” e “mãe”, substituindo-os por “estudantes”, “criança” ou “progenitor”.
(Dos jornais)
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