quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Para um minuto de meditação - 151

 

As duas faces da mesma moeda


  Colho dos periódicos estas duas notícias que me parecem muito ligadas por um laço mental comum. O “politicamente correto” europeu e o reacionarismo islâmico querem desta maneira poluir a mente e o dia-a-dia das pessoas. O Grande Irmão do livro famoso de George Orwell não faria melhor. A estupidez, a maldade e o fanatismo tentam chegar para ficar. E o resto é conversa.

Manuel Carreira Viana

 

 1.  Ministra da Malásia defende violência doméstica

   Siti Zailah, vice-ministra da pasta das Mulheres e da Família, aconselhou ainda as mulheres a" falar com os maridos quando estes estão calmos, acabaram de comer, já rezaram e estão relaxados".

   Esta dignitária é deputada do Partido Islâmico da Malásia, um partido conservador islâmico do país asiático. A ministra causou já alguma controvérsia no passado, ao defender uma campanha que pretendia eliminar as bebidas alcoólicas da Malaysian Airlines, e regularizar os uniformes das hospedeiras de bordo em conformidade com a lei islâmica Sharia.

   No vídeo, Siti Zailah aconselhou os homens a falar com as esposas “teimosas e indisciplinadas“ e, caso não mudassem de comportamento, a dormirem durante três dia separados das mulheres. No entanto, se a mulher ainda se recusar a acatar o conselho, ou a mudar o seu comportamento depois da separação a dormir, então os maridos podem tentar a abordagem do contacto físico, atingindo-a gentilmente, para demonstrar a sua intransigência e o quanto quer que ela mude”, afirmou a vice-ministra.

 

2. O fim da palavra mãe? Há uma associação no Reino Unido que quer banir o género do vocabulário das escolas

   Querem que se diga "progenitor" em vez de "mãe". Um professor contudo diz que palestras não passam de "propaganda para ativistas trans". União Nacional de Educação, que as financia, vai rever o seu conteúdo.

   Os propagandistas defendem que os estudantes devem parar de dizer “senhor” ou “senhora” quando falam com o professor, chamando-o apenas como “teacher” (em inglês, a palavra professor não tem flexão em género) seguido do sobrenome. Já do lado do educador, devem ser dispensados termos como “rapazes”, “raparigas”, “filho” e “mãe”, substituindo-os por “estudantes”, “criança” ou “progenitor”.

 (Dos jornais)


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