quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Uma crónica de José do Carmo Francisco

 



Dissertação breve para o valor do número sete


Como de quase todas as coisas na Vida do número sete pode dizer-se e escrever-se tudo ou quase tudo, desde o Sagrado ao Profano: sete são os dons do Espírito Santo, sete os pecados capitais, sete as obras de Misericórdia (sete espirituais e sete corporais) mas ao mesmo tempo também os nomes dos jogos de cartas (sete-e-meio, sete-em-porta e sete-e-oito) sem esquecer o sete-estrelo do firmamento e a couve de sete semanas das hortas ou as sete saias das mulheres praia da Nazaré. Há várias plantas com nome feito a partir da palavra sete: sete-marias, sete-em-rama, sete-espigo, sete-coiros ou sete-cascos. No Algarve sete-espigas é o nome de uma casta de uva branca.

Na vida de todos e de cada um de nós o número sete marca várias etapas (infância, adolescência, maioridade, idade adulta, maturidade e por aí fora) sempre de sete em sete anos. O Povo na sua especial sabedoria chama setentão a quem tem setenta anos de idade mas não conheço o nome dado a quem celebra os seus quarenta e nove anos – que significa sete vezes sete e o mesmo será dizer sete vezes menina.

Do curioso baralho da Editora Apenas Livros com data de 2020 e design de Susana Resende («Cartas na mão Diabo no coração») escolhemos estas quatro cartas com «setes» para ilustrar o texto seguindo uma das mais antigas regras do jornalismo: encontrar sempre uma boa ilustração para o texto que se procura de facto aprimorar. E a melhor maneira de o qualificar é escolher uma ilustração talvez melhor que o texto – claro que tudo isso é discutível e, em último caso, cabe ao leitor dizer de sua justiça.      


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