"Poesia
não tem de ter mensagem", diz Ana Amaral
Em
entrevista no dia de lançamento do seu novo livro "Mundo", Ana Luísa
Amaral defende que a "poesia não tem de ter mensagem nenhuma", e que
um tradutor deve "ter uma imensa paixão pela sua língua."
“Chocou-me
bastante, uma vez, uma pessoa que me disse que as palavras não lhe interessavam
para nada, o que lhe interessava era o que elas convocavam. Mas então, onde
está a poesia? A poesia é feita de palavras”, afirma a poeta.
(Dos
jornais)
Esta autora tem razão. A velha conversa dos
erradamente chamados neo-realistas, que já está mais que desmascarada, volta de
novo ao ataque nestes tempos de politicamente correto e de “cultura woke”, que
é a nova indumentária dos totalitários e dos que querem servir-se de tudo para
impor as suas notas de agenda vígara.
Toda a poesia, qualquer que ela seja, tem uma
mensagem que é a sua estrutura própria.
Assim, quando esses tipos falam em mensagem
obrigatória o que querem significar de fato é que a poesia como qualquer
outra coisa deve é veicular a propaganda ou ideologia dos partidos estalinistas
e neo-comunistas gramscianos e mais nada. “Mensagem” orwelliana é o que
pretendem.
Esta gente é a mesma que recentemente
impediu que brancos traduzissem autores negros, numa ação estúpida, racista e
reacionária. Ou têm queimado livros, como os carolas medievais ou os nazis
faziam.
Rodrigo
de Matos
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