segunda-feira, 14 de junho de 2021

Dois poemas de José do Carmo Francisco

 

Breve poema nº 39 para Ana Isabel

Lugar de Ser é o título de um pequeno e modesto livro colectivo publicado em 2-6-1971, produzido a stêncil na Escola Comercial Veiga Beirão em Lisboa.

Cinquenta anos depois recordo com alguma emoção, surpresa e ternura esses tímidos  primeiros passos de um ofício a que Aves Redol, poucos anos antes, chamou «charrua em campo de pedras».  

Afinal o que hoje procuro é confirmar as palavras de Manuel Simões sobre os jovens poetas de 1971: «Eis-nos perante uma poesia que reflecte os mais secretos anseios do homem, uma poesia cáustica mas serena, portadora do futuro já em marcha.» 

Breve poema nº 44 para Ana Isabel

«Gosto desta casa apesar dos bêbados durante a noite» - esta frase do meu neto Tomás explica uma ideia de pertença mesmo com a revolta, a raiva e o rancor dos noctívagos a descerem a Rua da Rosa com gritos para um Mundo que não os ouve.

Eu, pela minha parte, gosto muito das linhas rigorosas e límpidas duma casa por si desenhada em Greenwich, ali à beira do Tamisa, perto dos Museus, dos Cinemas e das Livrarias.

Afinal foi na avó Joan, na mãe Ana e no pai Ian que todos os desenhos começaram a dar razão à nossa tão conhecida frase feita - «filho de peixe sabe nadar». 


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