A ESCRAVA DE CÓRDOVA - Um Livro, seu Tempo e Lugar
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(Texto da apresentação, na Biblioteca Municipal Dr. Miguel Mota,
do romance de Alberto S. Santos)
Georges Duby, um dos mais notáveis
medievalistas do século XX, publicou em 1974 uma obra, hoje clássica,
intitulada O Ano Mil, na qual defende
que os chamados ‘terrores do ano mil’ são uma ficção literária, uma
lenda romântica produzida por autores oitocentistas. No entanto, se este
conhecido historiador dissipa esse mito e rejeita a existência de um sentimento
generalizado de pânico nas sociedades cristãs do final do primeiro milénio, não
deixa de conceder que, esse período, foi para os cristãos uma época de profundas
inquietações, de severas angústias e de grandes expectativas. É precisamente
neste período de ‘inquietação difusa’ para a Cristandade que decorre a
acção da obra de Alberto S. Santos A
Escrava de Córdova – mais precisamente, entre os anos de 976 e 1002.
A
delimitação do quadro temporal, no entanto, é por si só insuficiente para nos
permitir apreender plenamente as linhas estruturais sobre as quais assenta esta
obra. Há também que fazer referência ao quadro geográfico em que a intriga se
desenrola. E esse quadro é, quase na sua totalidade, o da Península Ibérica.
“Mãe de muitos povos», como se lhe
referiu Santo Isidoro de Sevilha no século VII da nossa era, terra fecundada ao
longo de milénios por diversas culturas que aqui floresceram, este território
sofreu, nos inícios do século VIII, as investidas da expansão religiosa,
política e militar do Islão.
Na verdade, o imparável avanço islâmico
também para o Norte de África traduziu-se, primeiro, na conquista do Egipto e,
depois, na submissão dos berberes pelos árabes de Musa ben Nusayr. A passagem
para este lado do estreito de Gibraltar fez-se facilmente, aproveitando as
rivalidades intestinas que se agudizavam no seio da monarquia
hispano-visigótica. E é assim que, a partir de 711, os invasores muçulmanos se
foram lançando à conquista deste território e, em batalhas sucessivas,
destruíram os quadros políticos, religiosos, administrativos e militares da
Hispânia visigótica, empurrando cada vez mais para norte aqueles que ainda
optavam pela resistência armada, confinando-os à zona das Astúrias, área onde
se constituiu um minúsculo reino cristão.
Os muçulmanos procuraram então ampliar as
suas conquistas na Europa, passando os Pirenéus. No entanto, foram derrotados
em duas batalhas decisivas: em Toulouse (721) pelo exército franco chefiado
pelo Duque da Aquitânia; e em Poitiers (732), pelas tropas lideradas por Carlos
Martel. A expansão muçulmana pela Europa cristã foi, assim, detida. No entanto,
no que à Península Ibérica diz respeito, a presença islâmica, enquanto
realidade política estruturada sobre um espaço territorial autónomo, far-se-ia
sentir durante séculos – o último reduto islâmico no território actualmente
português resistiu até 1249 (conquista do Algarve por D. Afonso III), tendo a
conquista de Granada pelos Reis Católicos, Fernando e Isabel, em 1492, marcado
o final da Reconquista cristã da Península.
Temos assim, portanto, que o enredo da
obra A Escrava de Córdova ocorre num
período de claro domínio islâmico sobre a maior parte do actual território
peninsular. Os reinos cristãos, se nesse final do século X já não estão
confinados aos montanhosos espaços asturianos, não ocupam, no seu conjunto,
mais do que um quarto do território peninsular. O grande reino da Península
Ibérica – e que ocupa as suas regiões mais férteis – é muçulmano e tem a sua
capital em Córdova. Foi chamado de ‘Al-Andaluz’
(atenção: não se trata do equivalente da actual Andaluzia espanhola…).
Por esta altura, Córdova é, muito
provavelmente, a maior cidade da Europa, destronando mesmo Constantinopla.
Segundo alguns autores, contaria, então, com cerca de cem mil habitantes
(outros, menos comedidos, referem que provavelmente rondaria o meio milhão).
Desde 756 e até 929, Córdova foi a capital de um Emirado, independente dos
Califas Abássidas de Bagdad. Nesse ano de 929 constitui-se, mesmo, um Califado,
elevando-se assim o território do Al-Andaluz à mesma dignidade dos poderes
então reinantes em Bagdad e em Tunes e com estes últimos competindo pelo
controle do Norte de África. Esta época do Califado (929 a 1031) é vista por
muitos autores como a ‘época de ouro’ do Al-Andaluz. A agricultura que aí se
praticava era a mais avançada da Europa, assentando a produção fundamentalmente
no trigo, na vinha e na oliveira (a chamada ‘tríade mediterrânica’).
Esta cidade de Córdova era ainda, sem sombra de qualquer dúvida, um centro
científico e cultural de primeira grandeza. Por exemplo, só na maior das suas
70 bibliotecas estavam depositados cerca de 600 mil livros, um número verdadeiramente
espantoso se tivermos em linha de conta que a maior biblioteca da cristandade
ocidental por esta altura não possuía mais de quatro centenas de trabalhos.
A partir de 976, o Al-Andaluz foi
governado pelo Califa Hisham II, que ainda criança sucedeu a seu pai, tendo, ao
longo do seu reinado, deixado bem patente a sua incapacidade governativa. Na
verdade, quem, de facto, passou a governar este território foi o seu hajib (condestável) Abu Amir Muhammad
ben Amir al-Maafíi, caudilho que, graças aos seus sistemáticos êxitos
militares, recebeu o epíteto de al-Mansur
(Almançor), ou seja, ‘O Vitorioso’. Venceu os exércitos cristãos em
mais de meia centena de devastadoras campanhas – chegou a arrasar Santiago de
Compostela e o mosteiro de San Millán de la Cogolla, locais com um profundo
simbolismo para o cristianismo peninsular. Na obra em apreço, este líder
cordovês desempenha, é claro, um papel relevante.
É nesta singular cidade, pois, que decorre
uma importante parte da obra de Alberto S. Santos. A personagem principal é
Ouroana, uma jovem da nobreza portucalense, filha do Governador do território
de Anégia, cuja sede se situava no actual concelho de Penafiel. Ao longo das
mais de quatrocentas páginas deste livro, escrito de forma fluida, segura e elegante,
acompanhamos as vicissitudes pelas quais vão passando esta jovem de cabelos
dourados e o lugar-tenente de seu pai, tanto no seu espaço cristão do norte
peninsular, quanto nas desconhecidas terras meridionais sob o domínio islâmico.
Estes são dois mundos em conflito e diametralmente opostos, tão discrepantes
que – e cito – parecem constituir ‘diferentes épocas de evolução da
humanidade’ – o primeiro, rude e eminentemente rural e senhorial; e o
segundo, requintado, administrativamente bem organizado, urbano e comercial (a
que acresce, como já referi, uma prática agrícola bastante desenvolvida e com
óptimos resultados). Os seus templos são disto um bom exemplo: só Córdova
contava então com cerca de 700 mesquitas, muitas delas imponentes e mesmo
opulentas, bem diferentes das pequenas e recatadas igrejas do norte cristão.
Este livro descreve, pois, algumas
jornadas com um marcado cunho épico. O leitor acompanha as extraordinárias
viagens de algumas personagens por territórios desconhecidos, com os consequentes
e inevitáveis percalços habituais em deambulações dessa natureza. Estas
personagens conhecem assim, pela sua própria experiência, aspectos de um mundo
até então desconhecido e misterioso. A apreensão empírica dessas realidades vai
obrigá-las a reequacionarem várias das suas crenças, suscitando-se, por via
desse combate interior, um estado de maior lucidez que lhes permite assimilar
melhor o mundo em que se movimentam, mas também, paralelamente, que lhes
possibilita compreender aquilo que efectivamente é importante na existência
humana.
Neste sentido, atrevo-me a defender que,
se esta obra é um excelente livro de aventuras, no sentido mais autêntico – e
portanto nobre – da expressão, ele apresenta igualmente, como atrás referi, o
despertar de várias consciências pessoais, pelo que, em conformidade, também
realça a existência de algumas verdadeiras viagens iniciáticas – não nos
esqueçamos que a Grande Tradição indica que ‘o oculto não é o que não se vê,
mas o que se não entende’.
Fica imediatamente claro ao leitor que,
para escrever este seu trabalho, Alberto S. Santos empreendeu um notável labor
de investigação. Não se pense, porém, que estamos em presença de um texto
cerrado e quase hermético para quem não dispuser de significativos conhecimentos
históricos. É que essa solidez documental não foi utilizada pelo autor para
produzir uma obra num estilo enfatuado e professoral, mas sim para elucidar
sobre aspectos históricos e culturais dos mundos cristão, judaico e muçulmano.
Estas explicações, constituindo uma das mais-valias deste livro, são
indispensáveis ao correcto desenvolvimento da sua intriga, com ela se
harmonizando. A componente descritiva desta obra incorpora, em conformidade,
uma vertente pedagógica assinalável: nas situações de batalha, por exemplo, a
tipologia do armamento, as tácticas utilizadas, as motivações dos contendores,
são aspectos tratados com todo o rigor, mas também com suficiente agilidade
para que essas explanações não quebrem o ritmo da escrita. O mesmo poderia ser
dito dos demais elementos do quotidiano em que as personagens se vão
movimentando, sobressaindo, neste campo, os que têm a ver com parâmetros de
requinte que a civilização do Al-Andaluz atingiu: os banhos, os produtos de
beleza e os correlativos serviços dispensados aos que os podiam pagar e deles
usufruir, o refinamento da gastronomia, o aprimoramento dos jardins, o esmero
colocado na construção de estruturas arquitectónicas …
Em algumas dessas descrições, Alberto S.
Santos, com mestria, mergulha o leitor num turbilhão de odores, de texturas e
de cores - componente sensitiva, aliás, bem ao gosto das gentes meridionais.
Dou um exemplo do que afirmo, retirado do início do Capítulo XL: ‘Abdus
encontrava-se sentado num banco de jardim da sua residência, sob um gracioso e
frondoso ulmeiro. Ouvia-se o murmurejar da água que caía continuamente num
tanque e ajudava a refrescar o ambiente. Nele se encontravam gerânios e
nenúfares, quais luminosas estrelas flutuantes multicolores. Vermelho,
cor-de-rosa, salmão… mas os mais belos eram amarelo-pêssego que se abriam de
manhã e, quando fechavam, à noite, adquiriam já uma cor acobreada. As narinas
de quem frequentasse aquele jardim não poderiam evitar o suave aroma dos
nenúfares e das rosas trepadeiras carmesins.”.
Não se pense, contudo, que o autor
construiu um trabalho delicodoce e encomiástico sobre o esplendor do Al-Andaluz
e que, por extensão, cedeu à tentação de cantar loas algo simplistas às
virtudes da civilização islâmica, contemporizando com aqueles que ainda
defendem o mito da sistemática e perdurável convivência pacífica das três
religiões no sul da Península Ibérica. Tenho para mim que o facto de Alberto
Santos também contribuir, com esta sua obra, ‘para resgatar do olvido a
época de ouro […]’ do
Al-Andaluz, para parafrasear o Professor Adalberto Alves, tal não significa que
o autor tenha sido condescendente com os seus piores aspectos, que os
desconheça ou que secundarize o facto, facilmente comprovável, de a invasão
islâmica da Península Ibérica também ter aniquilado uma florescente e refinada
cultura hispano-visigótica, de que eram epígonos personalidades como o erudito
Santo Isidoro de Sevilha, os historiadores Idácio e Paulo Orosio, o filósofo
João de Bíclaro ou, até, o Rei-poeta Sisebuto, por exemplo.
Além do mais, acredito perfeitamente que
Alberto S. Santos, ao pensar esta obra e ao desenvolver as suas linhas de
evolução, tinha a clara consciência do facto de a sua estrutura apresentar
significativas debilidades se apenas exibisse a faceta mais bondosa de uma
civilização que, se expressou grandeza e esplendor em diversos domínios, também
não deixou de assentar em certas traves-mestras que, hoje, não podem deixar de
ser encaradas com aversão.
Outra componente essencial à compreensão
desta obra, em minha opinião, é a intransigente defesa que o autor faz dos
princípios humanistas, encarados enquanto elementos que integram um sistema
ético que tem no Homem, como diria Sartre, ‘o fim e o valor superior’.
Ora, o autor defende que é através da componente espiritual que o ser humano
acederá à plenitude desse humanismo que liberta de dogmatismos destrutivos e
que constrói pontes de entendimento entre os indivíduos.
Neste enquadramento, Alberto S. Santos não
deixa de esclarecer que a mais importante forma de Jihad – ou seja, de Guerra Santa – é a ‘que se estabelece no interior de cada um contra as próprias tentações e
defeitos, com vista à sua elevação moral e espiritual.’ (p. 194). Várias
são as personagens que, nesse percurso, se vão procurando conduzir segundo
princípios de justiça, de compaixão e de honra. O pai de Ouroana, o Conde Múnio
Viegas, por exemplo, verbera os cristãos que, por diversos interesses pessoais,
são coniventes com Almançor. E questiona: ‘Que
honra têm esses desgraçados? Que recompensa esperarão no final dos seus dias?
Que dirão os seus filhos, sabendo-os traidores?’ (p. 127). E o seu
lugar-tenente, Ermígio, faz coro com o seu amo em matéria de honra,
proclamando, a dado passo, a propósito da palavra dada: ‘Promessa é dívida.’ (p. 128). A defesa destes princípios e a
abertura à compreensão das várias facetas da realidade circundante, levam
algumas destas personagens a viver apaixonadamente a sua religião, mas através
de vivências despidas de fanatismo, a ponto de expressarem que estão cientes
que a sua própria religião contém princípios escritos – frequentemente levados
à prática, de forma nefasta - que são desmandos, exageros e sinais de
intolerância relativamente aos crentes de outras religiões. Veja-se, como bom
exemplo disto que refiro, o diálogo entre o cristão Ermígio e o judeu Ben
Jacob, no Capítulo XLIII. Nesta linha de pensamento, este último afirma: ‘A
harmonia só se desfaz quando as questões religiosas se sobrepõem à boa
convivência entre raças e credos.’. (p. 240).
Ora, nesta outra transição de milénio,
agora como há mil anos, a sociedade ocidental continua perpassada por temores
de diversa índole, ou não fosse o medo um dos mais antigos e perenes inquilinos
do coração humano.
Num outro livro que viria a ser um dos
seus últimos, Georges Duby (a quem me referi no início desta intervenção)
apontou a existência de inquietações e de angústias na sociedade contemporânea
e o facto de esta tender a virar-se para o passado, para as suas memórias, como
uma forma de ganhar confiança e de apaziguar apreensões relacionadas com a
possibilidade de perda da sua identidade cultural. Num mundo transformado numa
“aldeia global”, para utilizar a feliz expressão de Marshall McLuhan,
este tipo de receios ganha uma particular relevância. Há ainda outro género de
temores que estão na ordem do dia. Um deles não pode deixar de ser referido
aquando da abordagem a uma obra, como esta de Alberto S. Santos, que discorre
acerca da civilização islâmica do Al-Andaluz e persiste em relembrar-nos – qual
grilo de Pinóquio - que também nela o povo português tem raízes. Esse temor é o
do actual terrorismo islâmico.
Desde o 11 de Setembro de 2001 que as
acções da Al-Qaeda e de outros grupos terroristas ganharam um novo fôlego – e maior
tempo de antena – para atingirem objectivos ocidentais que são, na sua enorme
maioria, de cariz ideológico, mais do que militar: sedes diplomáticas, homens
de negócios e trabalhadores, turistas, igrejas, missionários e fiéis cristãos,
sinagogas, hospitais. No mundo ocidental, não foram poucos os que procuraram
encontrar explicações para este corrupio de atentados, as quais, em alguns
casos, mais pareciam legitimações do que explicações…
Ora, em 7 de Outubro de 2001, no Cairo, um
terrorista da Al-Qaeda e porta-voz de Bin Laden apelou à Guerra Santa – “uma
guerra entre o Islão e os infiéis”, como então referiu – e realçou a
necessidade de recuperarem o Al-Andaluz, aspecto que o próprio Bin Laden
reafirmou num vídeo divulgado aquando da sua celebração do primeiro aniversário
dos atentados de 11 de Setembro. Em Julho de 2002, entretanto, militares
marroquinos ocuparam o ilhote espanhol de Perejil e hastearam a sua bandeira,
em sinal de soberania sobre este local, até que a Espanha respondeu com intensa
actividade diplomática e com meios militares apropriados, recuperando o ilhote
e pondo fim a esta insólita e provocatória actuação marroquina. Anos mais
tarde, na manhã de 11 de Março de 2004, uma série de atentados terroristas
sacudiram Madrid, causando 191 mortos e mais de 1500 feridos. E, desta vez, não
foi obra da ETA, mas sim de terroristas islâmicos. E os exemplos poderiam
multiplicar-se…
Como é que nós, portugueses e espanhóis,
deveremos abordar o nosso relacionamento com uma cultura frequentemente
antagónica, mas que lança raízes na nossa história e que a marcou de forma
indelével, como esta obra de Alberto S. Santos, A Escrava de Córdova, permite constatar? E, numa perspectiva mais
ampla, como deve o mundo ocidental situar-se perante o Islão?
Em minha opinião, parece-me muito avisada
uma orientação de S. Paulo contida na sua 1.ª Carta aos Tessalonicenses: ‘Examinai
tudo, guardai o que é bom. Afastai-vos de toda a espécie de mal.’.
A este propósito, um escritor e poeta
português manifestava-me, há dias, a sua opinião sobre este assunto, com a qual
estou plenamente de acordo. Dizia-me ele: ‘Mediante
leis equilibradas, o Mundo Democrático e livre, sem ceder a chantagens, tem de
dizer firmemente: ‘pratiquem a vossa religião. Há liberdade para isso. Mas a
sua prática não vos dá a prerrogativa de ultrapassarem os direitos humanos que
tanto custaram a conquistar. A prática da vossa religião não pode consistir
numa forma de obviar à prática da cidadania democrática, nem consentiremos que
a ela se sobreponha. De contrário, é apenas um instrumento de pressão e
subversão que não admitiremos!’’.
Pelo que atrás deixo dito e para concluir,
entendo que Alberto S. Santos, ao realizar esta obra, não só produziu um
trabalho que divulga de maneira muito digna uma época insuficientemente
conhecida pelos portugueses, mas que conduziria à construção da nossa
nacionalidade; como escreveu um bom livro que nos entretém, nos ensina e - para
os interessados - nos sugere caminhos seguros que deverão ser utilizados no
nosso permanente esforço de aperfeiçoamento interior.
JG – Licenciado
em História da Arte e mestre em História de Portugal pela Universidade de
Coimbra. Especialista
em teoria artística e arte aplicada.
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