Durante o sono quando o corpo de um ancião deixa
de conhecer os seus limites e jaz abatido pela
gravidade como um lago de cera na sua cama... Cai
em gotas até ao chão e ali se move como uma lágrima tombando
pelo queixo... Sob a porta das traseiras até ao campo prateado,
como um vaso de esperma, gelado sob a lua, como se voltasse à
sua primeira essência, invertebrado e absurdo.
A lua leva-o p’lo ar até à sua planície branca, uma nuvem
em forma de homem velho, com poros de estrelas.
Ele flutua através dos negros ramos altos, um cadáver emaranhado
numa árvore à beira do rio.
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