segunda-feira, 19 de abril de 2021

Para um minuto de meditação - 85

 


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Amanda Gorman vai ser traduzida em Portugal pela jornalista de origem angolana Carla Fernandes

Editorial Presença quer publicar nos próximos meses três livros da poetisa que participou na tomada de posse de Joe Biden. Traduções de Amanda Gorman têm sido polémicas por questões identitárias.

    A poetisa norte-americana Amanda Gorman, que se tornou mundialmente conhecida a 20 de janeiro pela leitura do poema A Colina Que Subimos durante a tomada de posse do presidente Joe Biden, vai ser publicada nos próximos meses em Portugal pela Editorial Presença e terá tradução da jornalista e programadora cultural de origem angolana Carla Fernandes.

   A escritora holandesa Marieke Lucas Rijneveld, de cor de pele branca, foi inicialmente apontada pela editora Meulenhoff como tradutora de A Colina Que Subimos, alegadamente a conselho da própria Amanda Gorman. Perante uma torrente de críticas - nomeadamente um artigo de jornal da ativista negra Janice Deul, segundo a qual a tradutora de um poema destes deveria ser jovem, mulher e negra - Marieke Lucas Rijneveld autoexcluiu-se da tarefa. Dias depois, na Catalunha, o tradutor Victor Obiols foi desconvidado pela editora Barcelona Univers, por afinal ter o “perfil errado” para verter para catalão A Colina Que Subimos.

(Dos jornais)


   E portanto colocamos uma tradutora negra a traduzir o poema de uma autora negra. Nós sabemos que a regra é estúpida e racista, eles sabem que a regra é estúpida e racista, e nós sabemos que toda a gente sabe que a regra é estúpida e racista. E no entanto, cumpre-se a regra.  Fantástico como as ideias mais estúpidas subscritas por 10% do eleitorado são impostas a todos nós.

José Santos


   Dou o meu total apoio a Amanda Gorman. Uma poética de tal acreditada qualidade e profundidade só pode ser entendida por autóctones africanos…Acho que só a tentativa ou mesmo o simples desejo de comprar o livro já é ofensivo, xenófobo, racista, machista, fascista, capitalista e colonialista. A única atitude correta para pessoas de outros grupos populacionais é evitar qualquer interação com o livro. Sabendo onde se possa comprar, é passar longe de tal livraria, onde os olhos não o possam aperceber, nem de relance…! 

Américo Silva


Alguém sabe se o livro será impresso em papel branco???

R. Lima


  Eu não compro de certeza. Não pela poetisa, não pela tradutora, mas pela atitude da editora, obscenamente submissa e politicamente correta até à náusea. Não comprar é agora uma luta pela liberdade.

Maria Odete Pereira


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