Maria Amélia Neto
na DiVersos e na Várias Vozes
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Maria Amélia Neto, poetisa
portuguesa nascida no Montijo em 1928, morreu em Lisboa em 2016.
Com uma obra notável na poesia e
na tradução de poesia (sobretudo de T. S. Eliot), a avaliar pela net (nem uma
única notícia ou obituário encontrados) o seu desaparecimento passou totalmente
despercebido, com exceção da família, como aliás a sua obra desde há muitos
anos. O meio literário ficou tão mudo como a sociedade em geral.
O n.º 30-31 (excecionalmente um
número duplo) da DiVersos - Poesia e Tradução dedica-lhe 18
páginas, duas delas com uma nota de apresentação que refere como parece
intrigante este estranho silenciar da sua vida e da sua obra. As restantes
comportam uma miniantologia da sua poesia, só possível graças ao encontro do
editor com Rui Magalhães, ao descobrir casualmente que ambos almejávamos
contribuir para tirá-la de um injusto esquecimento.
Essas páginas selecionei-as com
base numa antologia de mais de 70 páginas realizada por Rui Magalhães, Professor aposentado na Universidade de Aveiro, onde
lecionou no Departamento de Línguas e Culturas, que preparava então a
edição da sua obra completa, que entretanto, em janeiro de 2021, viu
a luz do dia.
Temos assim, como possível porta
de entrada para a obra de Maria Amélia Neto, o n.º 30-31 da DiVersos, com a
referida antologia. E para um mergulho mais a fundo na sua obra completa
(relativamente exígua, mas de valor excecional), os três volumes organizados
por Rui Magalhães e editados com a chancela Várias Vozes. O
primeiro contém a obra poética editada em vida, o segundo a obra póstuma, sendo
o terceiro dedicado a um estudo sobre ambas, pela mão do organizador, com o
título Porque existe sangue no perfume das maçãs? — A Poesia de Maria
Amélia Neto, num total de cerca de 600 páginas.
O editor
José Carlos Costa Marques
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