segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Notícias da cultura

 

Caríssimo

 

   Segunda 14 de dezembro será expedido para o seu endereço o seu exemplar do n.º 30-31 da DiVersos - Poesia e Tradução (em quase 25 anos é a primeira vez que fazemos um número duplo por necessidade de vencer alguns atrasos, e por outros fatores; com 316 páginas e cerca de meio quilo de peso, a lombada tem 2 cm de espessura; esperamos que não seja obstáculo para ser depositada na sua caixa de correio).

 

   Esperamos também que chegue sem muita demora apesar das atuais circunstâncias desfavoráveis. Dado por vezes haver problemas com os correios, agradecemos se nos puder informar quando da chegada. Para evitar devoluções, pedimos se possível que esteja atento. 

 

 

   Em anexo pode ver-se o sumário do n.º 31-32 que dá uma ideia do seu conteúdo.

 

   Saúda cordialmente, 

 

                                                                         José Carlos Costa Marques

 

                                                              *

 

   Um número de homenagens na DiVersos (mas todos o são), este número duplo 30-31. Todos o são, porque o espírito humano não distingie, essencialmente, entre mortos e vivos. Nele, essencialmente, todos são vivos. Não obstante, é uma homenagem com carinho especial a que fazemos a Manuel Resende e a António Fournier. De gratidão pelo que representam na biografia da DiVersos. Manuel Resende: foi dele a ideia de criar esta série. Foi ele quem lhe deu o nome – e a latitude e abertura fora de qualquer espírito de capela ou de escola. António Fournier: um tradutor que veio ter connosco trazendo consigo a Itália e a Madeira, e nos deixou a saudade da sua grande generosidade e delicadeza. Homenagear é comemorar e recordar. Por coincidências múltiplas, este número recorda, aproveitando a convencionalidade das datas, um grande vulto do século XVIII, Hölderlin, e outro grande do século XIX, Herman Melville. Mas também uma poetisa grega falecida neste mesmo ano de 2020, Kiki Dimoulá, e uma poetisa portuguesa falecida em 2016, Maria Amélia Neto, cuja inexplicável obscuridade despertou o nosso inconformismo e a esperança de contribuir para a trazer à claridade que deve ser a dela. Neste caso, as datas são apenas uma oportunidade, tanto para os que morreram como para os que estão vivos. Daí que celebremos os 101 anos que já perfez Lawrence Ferlinghetti, poeta e editor de poetas, uma lenda viva de forte irradiação. Um núcleo destacado neste número é a seleção «Três Poetas da Bahia» (Florisval Mattos, Roberval Pereyr e João Filho) que, depois de alguns anos de germinação, é agora finalmente incluída aqui, graças aos cuidados de Wladimir Saldanha. Ele próprio poeta da Bahia e colaborador da DiVersos, que, esperamos, venha em breve a reincidir. Do Brasil estão ainda presentes neste número André Luís Pinto, Jean Sartief, Ronaldo Cagiano e Viviane Santana Paulo. Carlos Sousa Almeida, Diana V. Almeida (mas cujo poema, embora traduzido por ela própria, foi originalmente escrito em inglês), Eduarda Chiote, João Vilhena, José Pascoal, Liberto Cruz, Luís Serrano, Margarida Vale de Gato, Nicolau Saião, Pedro Silva Sena, Sandra Costa são outros poetas de língua portuguesa, portugueses de nacionalidade, alguns pela primeira vez na Diversos, outros de novo (os primeiros três e os últimos quatro). Ou, como Sebastião Belfort Cerqueira, pela primeira vez mas com dois livros publicados neste mesmo editor: o seu primeiro (O Pequeno Mal) e o mais recente, no momento em que escrevemos (Monda). Uma novidade linguística neste número é a primeira publicação de um poeta islandês, Kristian Guttesen, e de uma poetisa macedónia, Marta Markoska, em ambos os casos tendo como língua-ponte o inglês. Talvez isso encoraje o aparecimento junto de nós de algum tradutor que o seja diretamente dessas línguas, quem sabe? Estes dois poetas foram-nos trazidos e apresentados por Glória Sofia, poetisa caboverdiana radicada em Roterdão, e de quem incluímos alguns poemas no nosso número anterior. Obrigado, Glória! De resto, do búlgaro temos desta vez Gueorgui Konstantinov traduzido pela poetisa búlgara Zlatka Timenova, radicada em Lisboa. Do italiano, Guido Gozzano, poeta «crepuscular» do início do século XX, cuja presença aqui, como mais adiante se explica, é uma forma de homenagem a António Fournier. Do inglês, Lawrence Ferlinghetti, jovem poeta de 101 anos, dos Estados Unidos, a que já aludimos, e Wendy Lee Hermance, poetisa norteamericana radicada na Senhora da Hora (Matosinhos), traduzida por José Lima, amigo de sempre e desde a primeira hora. O n.º 1 da DiVersos tinha apenas 36 páginas. O número de páginas foi aumentando insensivelmente, mas só ultrapassou as 100 com o n.º 10, comemorativo do 10.º ano de existência. Voltou depois a situar-se abaixo das 100. A partir do número 18, esteve sempre acima desse número de páginas, e acima das 150 a partir do n.º 22. O n.º 30-31 é porém o primeiro número que batizamos como duplo. É que, ultrapassando as 300 páginas, com ele procurámos reabsorver atrasos vários e colocar a pauta em dia. Pela primeira vez, o aumento de páginas se reflete no aumento do preço avulso (muito ligeiramente), apenas para este número, e influencia a duração abrangida pelas assinaturas. Esperamos para tal a compreensão dos que nos acompanham.


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