segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Um poema de José do Carmo Francisco

 




Retrato breve de Lucas no Paragon


Meu neto Lucas atravessa o Paragon

Entre patos no lago e papagaios de papel

Entre o trânsito intenso e o planetário.

Nasceu em 2011 no dia sete de Abril

Mas é segundo só nesta cronologia

 Dos quatro netos não faço distinção.

Em sonhos e pesadelos entram todos

Ninguém fica de fora nestes enredos

Nem Tomás, Lucas, Pedro ou António.

Lucas não conhece ainda as biografias

De Charles Gounod e John Stuart Mill

E passa muita vez à porta das casas.

Seu destino é outro, é apenas ser feliz

Sem olhar para o lado nem parar

Porque tudo na vida é um mistério.

Lucas atravessa devagar o Paragon

Em dia especial de não ir à Escola

E na forte razão de ser deste poema.    


2 comentários:

  1. Zé, gostei muito deste poema. Quatro netos! Eu tenho 4 raparigas e 2 rapazes. Também tenho um Lucas com 5 anos. O mais velho já tem 24 anos. Tive dificuldade em comentar, mas lá descobri a maneira. Os seus poemas continuam com o seu estilo muito pessoal. Abraço.

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