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OS FOGOS DE OUTONO
Nos arredores
Dos dias tristes
De Novembro,
Dias que se foram
Nas paredes cinzentas
Dum quarto,
O lado avermelhado
Das árvores em sangue
Como que estala
Lança os fogos
Em longos adeuses
A um céu pálido;
Depois na noite
Vazia de esperança
E de dor
Vêm os bandos
De corvos negros
Da planície
Gritando, gritando
E um vento forte
Para longe os leva.
DANÇAI, DANÇAI, BELAS
GALHOFEIRAS!
Em recordação da festa da música de 1993
(um cavaleiro e quatro cavaleiras)
Dançai, dançai belas galhofeiras!
Dançai, dançai! O dia é belo;
Mas as noites são mais misteriosas,
E a luz do archote
Mais louca e livre que a onda
Pelo dia lançada sobre o mundo.
Dançai, dançai! Embriagadas,
orgulhosas
Na glória da juventude,
Brilhando as luzes
Sobre os vossos rostos triunfantes!
E magnificamente ligeiras
Saltitando do dia que se vai
Como as chamas passageiras
Que redemoinham na noite!
(Tradução de Cristino Cortes)
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