Greta Knutson
Fantasma de mim mesmo nestas ruas de outrora
Onde
está aquele que hoje por elas caminha?
O
que foi só miragem mas o que nela presente
E
pressente a dimensão da luz? O que nunca
emigrou?
O
que retorna sobre seus passos e rasto nenhum encontra
Da
realidade ou irrealidade
Ou
mortiça penumbra esquálida a um canto da memória
Rio
dividido em duas águas o teu tempo
Duas
metades hiantes de uma ferida que não cola
O
teu olhar esse é inocente do fosso que atravesso
Fantasma
no tempo mas carne da tua carne
Mas
na carne do teu presente onde vivo agora
Em
ti a vida vive que me levará da carne
Até
ao sossego maior
Levado
pela tua mão ao mais belo abandono.
in
“Por outras palavras”
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