Javier Pagola
“Tenho muita vergonha.”
Entrevista ao procurador de Mikolaiv,
que viu um colega ser detido por trair
o país
No início de abril, cinco semanas depois do início da
guerra, este homem passou por um duplo embaraço. Eugeniy Ivanovych Riaby, 44
anos, chefe da procuradoria de Mikolaiv, uma das cidades mais atacadas pelos
russos, teve de enfrentar o olhar suspeito de todos os que o conheciam. Os
Serviços de Segurança da Ucrânia tinham divulgado que o chefe da procuradoria
de Mikolaiv era suspeito de traição e tinha confessado o crime.
Como a nota oficial não divulgou o nome, e
como a hierarquia da procuradoria é algo complexa, muita gente pensou que era
Eugeniy o traidor.
Não era, tratava-se do chefe da procuradoria responsável por outra área de Mikolaiv, que terá sido apanhado a passar a um intermediário informações sobre a situação das tropas na região, militares e civis mortos, o resultado dos ataques, locais de detenção dos prisioneiros russos e palavras-passe de cada dia para não parar nos checkpoints.
(Dos
jornais)
Há sempre traidores neste tipo de
acontecimentos. Basta olhar para a caixa de comentários de portugueses e
verificar que em caso análogo encontraríamos alguns traidores entre estes que
já aqui abaixo deixaram a sua laracha.
O que motiva esta gente? Doença mental? Ambição de protagonismo? Falta de escrúpulos? Ausência de valores? Ignorância? Obviamente muita coisa pode ser - mas algo tão simples de perceber não escaparia a uma simples autocrítica em qualquer pessoa de bem...
C. Casagrande
Eis a evidência dos factos, comprovada.
Manuel Roseira
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