UM NIQUINHO DE
MEMÓRIA…
Não,
não me parece que a memória dos lusitanos seja curta, como certos fabianos
pretendem estabelecer. Pelo menos a de alguns.
Por exemplo o nosso estimado confrade Álvaro
de Navarro, que num gesto cordial de boa lembrança me enviou cópia de algo que
eu já tinha esgarçado na memória e que, segundo ele, explica razoavelmente o agora
com o textinho de outrora que aqui deixamos. Partidariamente falando.
(O texto em causa foi publicado no espaço interactivo
“Portugal e outras touradas”).
“Estive
para escrever um post. Mas para não dar trabalho ao director, escrevo um
comentário, sublinhando que muito do que eu poderia dizer já ele o disse. E de
uma maneira exemplar.
Ouvi
o discurso de demissão e assumpção da derrota calamitosa de Sócrates. Coroada
por frequentes aplausos, o que diz bem do estado, tanto de carácter como de
ideologia, a que este partido desceu. Um espectáculo ignominioso de baixeza, de
lambe-botismo e de falta de vergonha política mas também, é claro e
reflectidamente, pessoal desses militantes.
Quanto
a Sócrates, mostrou o seu rosto de manipulador, de hipócrita e de falso irmão. Ele, que desprezava claramente os cidadãos
que lhe competia governar por bem, e que tripudiava sobre eles com a sua
malbaratação e os seus estranhos conluios - que terão de ser convenientemente
apurados - veio falar com voz doce e afivelando uma mansuetude e uma grandeza
de propósitos que a realidade crua nos diz que nunca teve, que é só cinismo e
de mau quilate.
Mas
não é só ele que está apodrecido dum ponto de vista político. Também os
consabidos áulicos que o rodearam e que ali, na derradeira jaculatória
pindérica do líder exibiram os seus perfis de desconchavados governantes ou
apoiantes da alta escala, mostraram que este PS é dominado por gente sem
grandeza, sem ética humanizada e sem rumo. Desde o aparentemente senil Almeida
Santos ao deslustrado Ferro Rodrigues, desde o fantasmal Alegre ao inenarrável
Lacão, todos eles fizeram jus a esta coisa simples: vão-se embora quanto antes,
desamparem-nos a loja!
Pois
nenhum conseguiu ter a dignidade de dizer, (de confessar?) esta coisa simples e
óbvia: o que os portugueses principalmente recusaram e exautoraram não foi a
crise, por dura que seja: foi esse indivíduo que agora procura compaixão
untuosamente, fazendo-se gentil e colaborativo.
Foi,
em suma, tudo aquilo que vós representais - e que é tão desagradável como
aquelas imundícies que em certos sítios se nos colam nos fundilhos quando nos
sentamos em lixo inoportuno.
Não
percebem que a vossa presença política, os vossos sinais, são odiosos aos
sentimentos dos portugueses sérios?
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