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Em 1981, Mário Cesariny enviou-me uma carta que carreava alguns documentos
que aqui também se dão a lume - em digitalizações que os leitores não terão
dificuldade em ler tendo em conta as maravilhas técnicas interactivas.
A carta reportava-se a tentativas de aliciamento que então eram feitas
ao autor de “Planisfério e Outros Poemas”, vindas de sectores laicos e
fideístas – as quais sucediam, manifestamente, por serem públicos os ataques
e aleivosias com que tentavam crestá-lo entidades oriundas dos sectores
estalinistas e de obediência soviética; e, nessa conformidade, os signatários
terem julgado que ele se colocava numa perspectiva capaz do seu enquadramento
ou de seu específico apoio.
Tentavam assim aqueles próceres (tendo como se percebe avaliado e situado mal
o caracter digno e a real posição do destinatário) captá-lo para os seus
campos de acção, por suporem que ele seria susceptível de cooptação…
As missivas eram subscritas – uma por um frei Adelino Pereira,
franciscano; outra por Salles Lane, presidente da Direcção do Grémio
Literário e destacada personalidade pública daquela época, que recebeu
resposta conforme aqui se deixa dado.
Na carta manuscrita – como o leitor facilmente constatará - MC sublinha o seu
isolamento, que não seria tão grande como ele supunha mas era o suficiente
para lhe comunicar um sentimento de natural tristeza e amargura. ns Carta do Grémio Literário Carta de frei Adelino para Mário Cesariny Carta de resposta de Mário Cesariny ao Grémio Literário Frei Adelino volta à carga Carta de Mário Cesariny a
Francisco Garção (Nicolau Saião), referente a Frei Adelino |





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