Jornalistas e coordenador da PJ
vigiados por ordem do MP
são acusados de violação do
segredo de justiça
Carlos Rodrigues Lima, da Sábado, foi
acusado de três crimes de violação do segredo de justiça e Henrique Machado, da
TVI, foi acusado de um. O coordenador da PJ terá de responder por três. (…)
Em janeiro passado, ficou-se a saber que uma
procuradora do MP em Lisboa tinha ordenado à PSP que vigiasse os dois
jornalistas durante dois meses, com recurso a registo fotográfico, para saber
com que fontes é que contactavam no universo dos tribunais. O objetivo era
identificar os responsáveis por fugas de informação relacionadas com o caso
E-toupeira, sobre uma alegada rede que permitia ao Benfica aceder a processos
judiciais do seu interesse.
A vigilância ocorreu entre abril e maio de
2018, no âmbito de uma investigação por violação do segredo de justiça e
provocou polémica quando foi noticiada por altura da constituição como
arguidos, no início de janeiro, dos dois jornalistas e do coordenador da PJ. O
Sindicato de Jornalistas, que considerou a situação uma violação clara da
Constituição, que protege as fontes, enviou uma carta à Procuradoria-Geral da
República pedindo esclarecimentos e o apuramento de responsabilidades.
Na
altura, os jornalistas manifestaram vontade de avançar com um processo contra o
Estado por abuso de poder do MP.
(Dos
jornais)
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