Desiste de traduzir poema por não ser negra
Escritora ia traduzir poema lido no dia da
tomada de posse de Joe Biden, pela jovem poetiza Amanda Gorman, mas começaram a
chover críticas nas redes sociais por ela não ser negra.
(Dos
jornais)
Eu chamaria a isto racismo do mais hediondo.
Para traduzir um poema de uma poetisa americana é preciso ter em linha de conta
a raça? A raça é chamada para isto? Então poderíamos concluir que dar um
emprego ou admitir um casamento, que são situações muito mais permanentes e com
aspectos vivenciais mais fortes, por maioria de razão, deveriam ter também em
linha de conta a raça. É racismo puro, cru e duro e como tal deve ser
considerado e apontado a dedo.
Luis Teixeira-Pinto
Tenho
traduzido, e publicado, de há vários anos autores negros, em vista simplesmente
do seu valor e alta qualidade. Sem levar em conta, claro, a cor da sua pele.
Será que doravante apanharei em cima com proibição de o fazer? Mas que
imbecilidade é esta? Ou será, isso sim, uma atitude de cunho totalitário? Como
dizia Shakespeare, algo está de facto pôdre neste reino duma “Dinamarca”
absurda que buscam incrementar.
Impõe-se que, sem nos intimidarmos, repudiemos
estas manifestações de simples velhacaria mal orientada.
Nicolau
Saião
De
notar a cobardia moral da tradutora, especialista galardoada que tinha sido indicada
pela própria poetisa, que após ser atacada pelos “activistas” nas redes sociais
se apressou a pedir desculpa (?).
Um episódio sinistro, que demonstra como o supremacismo
negro é tão repugnante como o supremacismo branco.
Lúcio
Teles Maia
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