segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Para um minuto de meditação - 64

 


ns, Homenagem ao sistema judicial luso

(cartão p/ painel de azulejos)



MARAVILHAS DA NOVILÍNGUA

OU

ORWELL NO REINO DE A. COSTA

 

“O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova ofereceu à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, dois quadros de Cristina Rodrigues, uma artista da região que já expôs em Manchester e na China e é uma divulgadora entusiasta da cultura raiana. O casamento da então diretora do CCDR do Centro foi o feliz pretexto para a oferta dos dois desenhos que representam figuras femininas e que foram escolhidos pessoal­mente por Armindo Jacinto. Mas, de acordo com uma sentença do Tribunal Judicial de Castelo Branco, trata-se de um presente envenenado.

  Os dois desenhos foram “subtraídos” — a expressão é da juíza — do ateliê da artista, que não só não autorizou a oferta como nem sequer os assinou, o que faz deles uma obra incompleta”.

                                                                                      (Dos jornais)

 

   Só cá faltava a novilíngua para o reino do senhor “premier” Costa ser semelhante à antecipação de Orwell.

  Agora aí a temos, na feliz expressão referida…

 

   Doravante, quando estiverem em causa delicados roubos de certa gente política, isso poderá talvez passar a ser tipificado pela expressão subtrair.

   PScriptum – Que o sistema judicial lusitano está desde há muito, segundo diversos observadores, bastante estranho, é uma evidência.

  Pela minha parte apenas posso deixar aqui, para conferir, uma estorinha real: anos atrás, com dois confrades, houve que se processar 3 indivíduos que num periódico local nos haviam vilmente difamado por termos dado a lume um texto em que defendíamos a memória de José Régio. (Foram, aduzo, todos condenados pelo Tribunal da Relação de Évora).

  No julgamento em primeira instância sabem qual foi a primeira pergunta que o causídico dos difamadores fez a um dos queixosos? Esta:”Diga-me: o senhor é anarquista?”. E a resposta que recebeu: “Não, sou autarca, vice-presidente duma Câmara Municipal”.

  Esta pergunta, que visava claramente transformar o julgamento num processo político (inconstitucional), não recebeu qualquer comentário da pessoa que presidia…

                                                                                                         ns


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