OLHA QUE DOIS…
ou
ESTÃO BEM UM PARA O OUTRO!
“Presidente da República foi entrevistado
pelo humorista R.Araújo Pereira”
(Dos jornais)
De facto, numa situação aguda como esta,
dar uma entrevista a um humorista é uma prova crucial de insensatez e de
irresponsabilidade. Não há memória de tanta falta de senso comum, de tanta
carência de lucidez e de respeito pela população em geral, como esta de vir
comentar a situação dramática que se vive em quase todo o País com um humorista.
É obsceno, é grotesco, para ser educado.
Luís Teixeira-Pinto
Não vi, nunca veria, mas deve ter sido um
espectáculo indecoroso muito comum nos regimes onde existe um humorista oficial
e um humorismo politicamente correcto. Sei que na união soviética havia disto
assim como na Alemanha nazi. Mas com mais nível.
JS M
O “humor” estalinista de Ricardo Araújo
Pereira é aquilo a que temos direito? Este indivíduo não é propriamente um humorista
mas antes um piadético, um cavalheiro razoavelmente ridículo que usa as
suas larachas para carrear a sua ideologia macabra. Se nos lembrarmos que o
comunismo de que um dia disse orgulhar-se liquidou milhões de pessoas, umas
pela fome, outras pela forca e outras ainda a tiros a granel, começaremos a
entender que ele é sim um tipo sinistro mais do que um sujeito caricatural.
Onde, por exemplo em Benny Hill (que ele talvez sonharia igualar) se vê o
talento de malandreco, de desvelador de carecas, de espírito estruturalmente engraçado
e saudável, em R.A.Pereira sente-se o pequeno sadismo, a grosseria orientada, a
graçola em estilo “vivaço-espertalhaço” como dizia o meu velho professor de
inglês com o seu fino humor britânico.
Nas jaculatórias de Araújo Pereira, com a
passagem do tempo, os cidadãos verificarão o casca-grossismo cínico que as
infecta e muito saudavelmente saberão caracterizar o seu humor como,
mais do que ser um humor hipócrita, ser de facto um humor
desprezível.
José de Lencastre
Jorge Gaillard Nogueira
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