quinta-feira, 18 de junho de 2020

Uma pequenina estória de horror


ns, Sem título


"Dêem bailinhos..."


    Tempos atrás, um cavalheiro escrevente ao tentar mimar-me para que eu não tomasse posição ante as tentativas e as acções prepotentes dos neo-terroristas e dos sociais-fascistas disfarçados de “amigos do povo”, dizia-me assim numa cartinha magana que me mandou: “Porque perde tempo com coisas políticas? Escreva antes poemas, com o talento que possui!”. Isso trouxe-me de imediato à memória o que da primeira vez que fui preso (era eu membro da direcção da colectividade Clube de Futebol do Alentejo) o tristemente célebre capitão da polícia (nessa época, entidade anti-democrática), me aconselhou bondosamente quando me interrogava: ”Em vez de andarem nessa coisa de exposições e sessões culturais, porque não dão bailinhos? Até lhe mandava agentes de borla para ajudarem na boa ordem …”.  
   Sim, os belos espíritos sempre se encontram, como diz a conhecida velha frase!

                                                                                                                     ns

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