quinta-feira, 30 de abril de 2020

O começo


  Ao iniciarmos esta viagem, em primeiro lugar quero agradecer aos confrades que de imediato se propuseram colaborar nele.
  Depois, como estamos em tempos de confinamento, referir que - como continuo rodeado de música para iluminar os meus minutos - dei-me anteontem a ouvir, no abençoado Youtube, um dvd de música francesa, da antiguinha, da já clássica...
   E, vai daí, feito curioso, fui ler alguns dos comentários postos por outros ouvintes.
    Dois deles tocaram-me particularmente. Pertencem a quem eu costumo chamar poetas sonegados, ou seja: pessoas que se calhar nunca escreveram qualquer verso e humildemente, congemino, nem sabem nem reparam que têm muita poesia dentro.
   O que para mim é comovente. E aqui os deixo para todos lerem:

1.   “Tenho 68 anos, estamos em plena pandemia do coronavírus, tô isolada em casa já há dez dias. Moro sozinha, sou artesã e hoje resolvi fazer uma faxina no meu ateliê curtindo essas músicas francesas maravilhosas. Sou de Joinville SC, estou tranquila, com pensamento positivo e muita esperança de que venceremos mais essa batalha.”
 2.  “Fiquei ouvindo as músicas e lendo os comentários, senti como se estivéssemos conversando sobre nosso passado, nossas vidas. Aquele tempo de sentimentos mais puros, amores que eram carregado de sonhos, de esperança, de desejo de construção de felicidade. Hoje, sozinha, confinada pelo medo da contaminação pelo coronavírus, penso que jamais voltaremos a sonhar como antes. Há uma névoa de morte e dor. E eu, se pudesse pedir algo, pediria uma última dança de rosto colado, uma última taça de vinho, um brinde a tudo que vivemos naquele tempo. Recebam um abraço virtual.”.

    E agora, para nos refrescarmos, uma cançãozinha de bom quilate do grande Arlindo de Carvalho:



1 comentário:

  1. Já que estamos em começo, então arranco eu com o primeiro comentário do novo blogue - que só pode ser de felicitações, por o dito, pela mão do NS se arvorar em mais um local de publicação. Poesia, prosa e música juntas, trindade de que não prescindimos, espécie de pão mas para o espírito.

    Grande abraço literário,
    Joaquim Saial

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Aos confrades, amigos, adeptos e simpatizantes

     Devido a um problema informático de última hora, não nos será possível fazer a postagem desta semana.    Esperando resolvê-lo em breve,...