MORREU JÚLIO CONRADO
Chegou-nos a notícia, dada por José de
Carmo Francisco e depois corroborada por Maria Estela Guedes num sensível texto
exarado no TriploV, que na madrugada do passado sábado faleceu o crítico, poeta
e novelista Júlio Conrado, que de há certo tempo se encontrava doente, o que a
idade agravara.
Oriundo de Olhão, onde nascera em 1936, expandiu
a sua actividade literária em diversos órgãos de comunicação e em várias obras
significativas. Cordial e comunicativo, tivemos ensejo de o conhecer em Huelva,
onde nos deslocáramos com Joana Ruas e Maria Estela Guedes para acompanharmos a
vinda a Espanha, para uma sessão internacional, o poeta e editor – e comum
amigo e confrade – Floriano Martins.
Aqui deixamos o texto de JCF, que celebra a
figura deste companheiro triplóvico:
Poema afastado nº 15 para
Ana Isabel
Na
morte civil de Júlio Conrado (1936-2022) saltam-me à memória dois livros meus
por si apresentados: o primeiro no Grupo Desportivo do BPA na Rua dos
Sapateiros em 1987 e o segundo no Auditório do Estádio José Alvalade em 2004.
Por
causa da diferença de idades (16 anos) sempre o senti como uma espécie de irmão mais velho por ser pioneiro nos
suplementos culturais e no chamado jornalismo de cultura, sendo nós discretos
alunos da grande Escola do «Diário Popular».
Tudo
conforme as palavras de Jacinto Baptista em 1978 ao receber os meus primeiros
linguados: «A posteridade não é para todos, só o futuro pode julgar e nós hoje
fazemos apenas notícias sobre os livros novos. Somos jornalistas, não somos
juízes.»
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