segunda-feira, 12 de abril de 2021

Reflexão 1

 

   Anteontem ao fim da tarde assinei a Petição Pública, que já conta agora com mais de 177 mil assinaturas, para que o juiz Ivo Rosa seja expulso da Magistratura.

 

   O comentário com que anexei a minha posição foi o seguinte:

 

  "Para que o Sistema Judicial luso não se transforme numa verdadeira charlotada ou em algo que prejudique a Verdade e a Justiça, penhores de uma real Democracia e de um País em que direitos legítimos sejam respeitados, é imperativo expulsar da Magistratura este cavalheiro cuja acção continuada merece as mais sérias reservas da parte dos cidadãos decentes e dignos.".

 

  Dito isto, desejo referir: quem na noite de sexta-feira assistiu na TV à extensa reportagem em que o dito magistrado proferiu a sua larga Declaração de Pronúncia, assistiu a uma das mais indecorosas peças dadas ao povo português. É, assim o digo, um documento histórico para que os vindouros fiquem a conhecer na perfeição o perfil destes tempos.

 

  Efectivamente, como Diogo Cardoso disse de forma lapidar - ao longo do seu trajecto profissional, culminado com a charla em que numa voz entre o melífluo e o frigido (cortada por claras ofensas aos magistrados do ministério público) Ivo Rosa desenvolveu a sua argumentação - "Não tem condições para exercer funções de juiz. Não tem idoneidade, não é isento. O caso Sócrates não é um único no seu currículo. É uma vergonha nacional ter pessoas destas a exercer estes cargos".

 

   Já por um par de vezes escrevi que Portugal no seu todo e os cidadãos comuns em particular, estão hoje já enleados numa discreta ditadura - que ao contrário das de cariz brutal se exerce de forma subtil (por enquanto...) apoiada em legislação iníqua, actos ilegítimos sustentados por responsáveis autoritários e que são respaldados pelos mais altos escalões do Estado.  O nepotismo, a corrupção dos órgãos do poder e a exacção descarada são hoje uma realidade insofismável.

 

    Daí que o vergonhoso momento de anteontem seja tão-só um dos ítens do descalabro a que estamos sujeitos.

 

    Em resumo e tomando legitimamente em conta a indignação popular, não é apenas necessário expulsar o indivíduo em causa do lugar que manifestamente tem corroído: é imperativo - é um dever de honra e de aclaramento justo - ser aberto um inquérito aos seus actos, com todas as garantias de defesa mas também de acusação e, se tido como tendo praticado acções dolosas ou criminais, ser remetido ao lugar que pune tais sucessos!

 

    Portugal tem de ser de facto um País de Direito. O respeito por uma Democracia real e limpa assim o justifica!

 

 

  Saúda-vos, com estima e cordialidade, o v/

 

     nicolau saião

 

Nota – Telefona-me um amigo e diz-me que ao expulsar-se o inepto juiz não fica resolvido o problema da corrupção e da ineficácia da Justiça em Portugal.

   É verdade.

   Mas por algum lado tem de se começar a limpar estes verdadeiros estábulos de Augeias, como diz na Epopeia grega!


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