Excerto de Carta
enviada a um amigo escritor e ecologista:
(…) Gostei de ver a
sua foto com um burrinho. Não sei se já lhe dissera que adoro burros, um dos
meus grandes desgostos - não estou a brincar! - foi nunca ter podido ter um.
Mas como alojá-lo aqui, em Portalegre? Só se morasse no campo, aqui na cidade
não havia casas devolutas, térreas, em conta! E em Arronches não estamos lá no
decorrer da semana e além disso para ir para o quintal como é que o bom jerico
descia as escadas...?
Lembro, que as
minhas recordações são o meu tesouro pessoal, que um colega de escola morava na
periferia da cidade e o vizinho do lado tinha um burrico cinzento. Uma vez
montei-o. A sua docilidade, os seus olhos mansos, o seu contacto, nunca mais os
esqueci. E dói-me, pode crer, pensar que morreu já há muitos anos, aquele suave
animalzinho que nunca esqueci. Quando há burrinhos na TV a minha mulher
chama-me logo: "Franciscoooo, anda
ver que são burros!" E lá vou eu...
O meu amigo,
como é das ecologias, é que me podia fazer um favor: se acaso pode, insista para
com os seus colegas que dêem muito apoio ao bom tratamento dos burros, está
bem?
Obrigado (…).
ns
Torna-se óbvio que um dos livros preferidos do dito cujo é "Platero e eu", de Juan Ramón Jiménez...
ResponderEliminarAbraço com hiiiiiiiii-hoooooooooon!!!
Joaquim Saial